O descarte correto de medicamentos não utilizados e fora do prazo de validade é crucial para evitar a poluição. A farmacêutica da Farmácia Cidadã de Paraguaçu Paulista, Rafaela Silva Goffi, explica como é feita a organização para garantir que os remédios não ultrapassem a validade na Farmácia Cidadã. Segundo ela, cada medicamento que chega é registrado no sistema, identificando lote, validade e marcas. Sempre que novos medicamentos chegam, a responsável pelo estoque reorganiza os produtos, colocando por último os com validade maior e priorizando a entrega dos que possuem validade menor. Essa prática assegura que os medicamentos sejam dispensados com a durabilidade necessária até o fim do tratamento.
Em relação à população, Rafaela alerta sobre a importância de não descartar medicamentos vencidos no lixo, vaso sanitário ou em qualquer outro local inadequado. Cada unidade de saúde possui um tambor específico para esse fim, assim como a Farmácia Cidadã e a Farmácia de Alto Custo, e a maioria das farmácias particulares, onde esses medicamentos podem ser descartados de maneira segura. Periodicamente, esses medicamentos são recolhidos e levados à Farmácia Cidadã para avaliação. No caso de pessoas falecidas ou de medicamentos dentro do prazo que sobraram após um tratamento, é feita uma análise para verificar se estão devidamente fechados e prontos para reutilização. Caso contrário, uma empresa responsável pela coleta realiza o recolhimento desses medicamentos para o descarte adequado.
A farmacêutica especifica o que deve ser descartado corretamente: "Se for uma cartela vazia e sem medicamentos, pode ser jogada fora normalmente, mas se sobrou algum remédio, deve ser levado ao local apropriado para descarte. Os xaropes também não devem ser descartados em pias ou vasos sanitários. Muitos pacientes diabéticos que utilizam insulina frequentemente colocam as agulhas em garrafas PET e depois as levam para o descarte correto", afirma ela.
Os principais riscos do descarte incorreto incluem a contaminação da água e do solo, o risco de pessoas pegarem medicamentos do lixo e ingerirem acidentalmente, além da possibilidade de animais consumirem essas substâncias ao revirar sacos de lixo.
Rafaela ressalta que a adesão dos paraguaçuenses ao descarte correto de medicamentos é positiva. Ela acredita que campanhas de conscientização e orientações das unidades de saúde contribuem significativamente para a participação da população na prevenção da contaminação causada pelo descarte irregular desses produtos.
Fonte: Departamento Municipal de Saúde
Simone Albieri - AsCom / Prefeitura de Paraguaçu Pta
Paraguaçu Paulista