Vereador Edivaldo expõe servidor municipal e causa revolta em populares e usuários do sistema de saúde

Administração - Domingo, 22 de Maio de 2011


Vereador Edivaldo expõe servidor municipal e causa revolta em populares e usuários do sistema de saúde Foto: Assessoria de Comunicação – Sessão agitada e de muito mal estar entre os vereadores por mais uma propositura mal formulada pelo vereador Edivaldo do Lar Mais uma vez o vereador do PT Edivaldo Vieira da Rocha, demonstrando despreparo para o cargo que ocupa e total desconhecimento da estrutura que a Câmara Municipal de Paraguaçu Paulista oferece a cada legislador, propôs um requerimento ao Prefeito Municipal, Ediney Taveira Queiróz, que foi repudiado pelos próprios vereadores da Casa de Leis paraguaçuense, causando um mal estar entre os companheiros, para um servidor e sua família e entre várias pessoas da comunidade que tiveram contato com o ocorrido, através da sessão da Câmara e da própria imprensa local. Segundo o requerimento do vereador Edivaldo do Lar, ele gostaria que o Prefeito Ediney informasse o motivo pelo qual um servidor da saúde municipal faz uma retirada semanal de R$ 2.500,00 diretamente no caixa da tesouraria municipal, insinuando que a forma de pagamento dos servidores é somente por holerite e crédito bancário e apenas este funcionário estaria recebendo altos valores de outra forma. Essa afirmação caiu como uma bomba na família do servidor que passou por sérios problemas familiares e de saúde. Além disso, durante a sessão realizada nesta semana os vereadores ficaram indignados com a postura do vereador em seu requerimento e, mais ainda, com a maneira com que o vereador se expressou, insinuando retiradas ilegais do servidor. Edivaldo do Lar já havia criado outros constrangimentos à Câmara Municipal quando, sem utilizar os canais de informações e análises que a própria edilidade oferece a todos os vereadores, questionou o aumento dado aos assessores de imprensa da prefeitura, afirmando ser para um funcionário específico o que na verdade foi para adequar os cargos à legislação vigente. Além disso, se equivocou novamente quando indicou obras e melhorias no dispensário da Farmácia Municipal, no início deste ano, quando as obras já estavam até autorizadas desde o ano passado, a pedido de outro vereador. O vereador se equivoca novamente e foi duramente criticado pelos demais componentes da Casa de Leis por demonstrar total ignorância sobre os procedimentos utilizados para obter informações dentro da Câmara Municipal se utilizando do Jurídico e dos Assistentes Parlamentares para tal ação. Os vereadores João Rio, Almira, Rafael de Castro e até o companheiro de partido, Paulo Japonês, foram unanimes em afirmar que Edivaldo do Lar errou ao citar o nome do servidor e duvidar de sua idoneidade e do formato da liberação das verbas. A Prefeitura explicou que o referido servidor é o encarregado dos motoristas do Departamento de Saúde da Prefeitura e que coordena a movimentação semanal de 15 veículos por diversas cidades do Estado e até fora deste, transportando cerca de 600 pessoas por semana que buscam através do departamento da Prefeitura, exames, consultas e atendimentos para diversas especialidades, sendo, nesses casos, obrigado a prever abastecimentos dos veículos e alimentação dos motoristas durante as viagens, muitas vezes longas. A Prefeitura ainda mantém, sob a coordenação deste mesmo servidor, que há 23 anos presta serviços à cidade e nunca teve seu nome citado em qualquer fato que o desabone (foi inclusive homenageado por sua postura e competência), mais três veículos de plantão em 24 horas à disposição da população para urgências e emergências. O Vereador Rafael de Castro afirmou que votou “... contra o requerimento e fiquei muito triste por um pai de família, que tá no site, na internet, e jogaram o nome do homem na lama isso é muito triste. Eu conheço a família, tanto ele quanto a senhora dele estavam chorando lá no serviço ele sofreu e ficou doente... Isso não é coisa que se faça, pois se fosse uma coisa interna seria, tudo bem, mais é melhor tomar cuidado com esse tipo de requerimento, já que depois que acontece não adianta mais chorar e o nome dele tá na lama, nós vereadores temos que tomar cuidado ...”. Até Paulo Roberto Pereira, do mesmo partido de Edivaldo do Lar, discordou do colega e afirmou: “Eu tenho uma concordância com os vereadores que me antecederam no seguinte, o vereador errou, ele cometeu um erro quando coloca o nome do servidor e isso ai fica bem claro, mas o requerimento é legitimo, é da competência do vereador, não só do vereador, mas dos vereadores dessa Casa de Lei”. Almira Ribas Garms afirmou na tribuna: “Eu compartilho com a indignação do vereador que me antecedeu. É muito triste a gente ver aqui que um vereador na ânsia de se promover, de se aparecer, joga nomes na lama. Esse rapaz foi premiado em 2010, é um moço que está há 23 anos como funcionário público, inclusive recebendo prêmio em 2010, e, de repente, vemos ai o nome dele na mídia, numa ânsia terrível de se aparecer. Isso é muito perigoso e nós temos que fazer um controle aqui nessa Casa para que coisas como essa não venham a acontecer. Então desta forma é uma tristeza muito grande a gente ver isso. Acho que antes desse ato afoito para aparecer, nós temos que pensar se nós estamos jogando lama e manchando o nome e a vida de 23 anos de vida pública de um homem honrado. Então o nosso apoio a esse homem que ele possa continuar de cabeça erguida”. João Rio afirmou: “A partir de um momento em que o vereador faz um requerimento que joga na lama um funcionário municipal, colocando no seu requerimento o nome desse funcionário, o senhor está denegrindo a imagem dele perante a opinião pública, perante a sua família, perante sua esposa, perante seus filhos. O senhor jamais poderia ter usado o nome desse funcionário. O senhor teria várias maneiras de fazer um requerimento ao Prefeito e indagar a ele de ter sido mandado 28 mil reais nos meses de março e abril, para o Departamento de Saúde. Então nobre vereador o senhor foi infeliz! O senhor que tem procurado demonstrar que é uma pessoa inteligente quando na realidade não é, porque a partir do momento em que o senhor faz um requerimento desse, o senhor joga na lama um pai de família, um chefe de família. O senhor não tem competência para falar o que o senhor fala na tribuna, o senhor não tem competência para estar julgando os outros, o senhor tem uma “rincha” com o Diretor do Departamento de Saúde e por isso o senhor quis pegar, já que não conseguiu pegar o diretor do departamento, um funcionário que é uma pessoa honesta, uma pessoa competente, uma pessoa responsável, uma pessoa que se dedica com amor no coração, principalmente com as pessoas mais humildes e mais necessitadas, é responsável por 16 veículos e esse dinheiro foi empregado em viagens, em combustíveis, em diárias. O senhor deveria saber disso e não expor o nome de um pai de família da maneira que o senhor expôs. O senhor está correndo o risco de perder seu mandato se assim alguém fizer uma denuncia contra o senhor, o senhor foi infeliz, inconsequente e foi incapaz, provou que o senhor não tem nada de toda essa inteligência que o senhor demonstra querer ter.” Os vereadores, João Rio e Almira Garms, explicaram ainda que esta forma de pagamento é perfeitamente normal e legal, conforme lei municipal vigente em Paraguaçu, desde 1998, baseada na Lei Federal 4.320 que em seu artigo 68 diz: “o regime de adiantamento é aplicável aos casos de despesas expressamente definidas em lei e consiste na entrega de numerário ao servidor, sempre precedida depois pelo empenho”. Os vereadores alertaram ainda que a própria Câmara Municipal e o Vereador Edivaldo foram beneficiados e receberam, desta mesma forma, numerários públicos para participar de viagem para congressos, encontros de capacitação, e o dinheiro foi adiantado para o vereador e ao motorista também e que, sempre alguém tem que assinar por quem viaja para responsabilizar-se pelas despesas.

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