Foto: Departamento de Cultura – Choro das 3 no Teatro Municipal, antes de embarcar para a França, emoção, humor, história e sensibilidade no espetáculo “Assobiando” em Paraguaçu Paulista O grupo “Choro das 3”, formado pelas irmãs – Corina, Elisa e Lia, acompanhadas pelo papai Eduardo (percussão) e pelo músico Sérgio (cavaquinho), deram um verdadeiro show de música e de história no Teatro Municipal Lucila Nascimento, em Paraguaçu Paulista, no sábado, 8 de outubro, a partir das 20h30, com entrada franca, pelo Circuito Cultural Paulista. Antes de embarcarem para a França, onde participam do Festival Internacional Mandolines de Lunel, onde permanecem até o início de novembro, o “Choro das 3” percorre o interior do Estado de São Paulo com o espetáculo músical “Assobiando”, que traz grande diversidade de instrumentos musicais, tais como: bandolim, banjo, clarinete, flauta, flautim, violão de 7 cordas, cavaco, pandeiro e piano. Assobiando é uma composição de Elisa e dá nome ao espetáculo, pois todas as músicas apresentadas tem melodias marcantes, que podem ser facilmente assobiadas. Na oportunidade, para uma plateia não tão grande assim mas muito empolgada, o “Choro das 3” fez uma viagem pela história da música brasileira, enfocando o choro neste contexto e a introdução de toda a família neste mesmo contexto, contada por histórias engraçadas, emocionantes e cheias de informação. O Choro é uma música instrumental e o primeiro ritmo brasileiro. Mas seu nome Choro deixa as pessoas curiosas ou até um pouco confusas. Normalmente elas não entendem porque essa música alegre e dançante tem um nome que remete à tristeza. Bom, a principio o choro era uma maneira de se tocar. Era o jeito mais sentimental, mais chorado dos músicos brasileiros tocarem as músicas européias. Depois, esses músicos passaram a misturar a música européia ao batuque dos negros escravos. Pronto! Aí estava a mistura certa. A combinação perfeita entre técnica avançada, sentimento e balanço. No final do século XIX foi publicada a famosa Flor Amorosa, do flautista Joaquim Callado, considerada por muitos pesquisadores o primeiro choro. Mais de 100 anos se passaram desde a publicação oficial da Flor Amorosa e o choro continua vivo, colecionando compositores, instrumentistas ou simplesmente admiradores no mundo todo, principalmente em Paraguaçu, após a feliz passagem do “Choro das 3”. Ao final, a representante do grupo e da família, a flautista Lia, agradeceu a todos pela presença, ao Governo do Estado pela oportunidade de participar do Circuito e ao Prefeito por manter em tão bom estado este privilegiado espaço da arte. “Vocês aqui em Paraguaçu são privilegiados, pois têm um teatro como este e, mais ainda, não basta só a estrutura, mas também o que acontece dentro dele, com grandes espetáculos e pessoas como você interessados em conhecer e difundir a arte e a cultura, um grande benefício para toda a população. Parabéns e muito obrigado”. Após uma apresentação surpreendente de “Aqurela do Brasil” (Ary Barroso) mixada com “Brasileirinho” (Waldir Azevedo), o “Choro das 3” teve que atender ao pedido de bis e mais um, liderado por Lucila Nascimento, e voltou ao palco com o clássico “Carinhoso” (Pixinguinha).
Paraguaçu Paulista