Foto: Assessoria de Comunicação – Exames realizados no início da semana em alunos da rede municipal. Dra. Neire e as enfermeiras Gisele e Izanetti em plena busca ativa. Equipe do Departamento Municipal de Saúde monitorou a ação A prefeitura municipal da Estância Turística de Paraguaçu Paulista, através do Departamento Municipal de Saúde, promoveu, no início desta semana, um verdadeiro mutirão de prevenção contra o Tracoma, nas escolas da rede municipal de educação. O Departamento de Saúde contou com o apoio da equipe do Centro de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Estado em Assis, que enviou para a Estância Turística a dra. Neire Sandra Flores Stholer Bertolaccini e as enfermeiras Izanetti Barbosa Romeu da Silva e Gisele Gutierrez Carvalho Cicialliato. A equipe, acompanhada sempre pela equipe local fez a busca ativa nos alunos das escolas “Professora Cléia Caçapava Silva” (Jardim Murilo Macedo) e “Professora Helena Wirgues Ramos” (Vila Nova), onde o índice de contaminação já estava alto desde o ano passado, quando da realização da etapa 2008 dos exames preventivos. “Estivemos aqui em 2008 e detectamos uma contaminação de cerca de 10% e agora em 2009 estamos com esse índice aumentado para quase 20% e isso é muito para os padrões de Paraguaçu Paulista, por isso essa busca ativa em campo, inclusive na casa das crianças com a detecção com as pessoas que lá convivem, para encaminhar todos para o tratamento” – afirmou a enfermeira Gisele. O tracoma é uma afecção inflamatória crônica da conjuntiva e da córnea, uma ceratoconjuntivite crônica recidivante que em decorrência das infecções repetidas pode levar a cicatrizes na conjuntiva palpebral. Em casos mais graves evoluem para seqüelas, provocando lesões corneanas importantes, podendo produzir cegueira. “A farmácia de manipulação do Departamento de Saúde já produz o remédio para o tratamento do tracoma e agora, após a reclamação dos primeiros tratamentos nas crianças, introduzimos os remédios com sabor de chocolate e menta, o que deve agradar as crianças e proporcionar uma grande aceitação do medicamento, por isso é que precisamos detectar e encaminhar todos para o tratamento” – afirmou Cíntia Funabashi – farmacêutica responsável pela produção local. O agente etiológico do tracoma é a Chlamydia trachomatis, uma bactéria de aproximadamente 200 a 300 milimicra, GRAM (-), de vida obrigatoriamente intracelular. Apresenta um tropismo pelas células epiteliais, onde se instala e se multiplica, formando inclusões citoplasmáticas. Além do tracoma, a Chlamydia trachomatis é responsável pela conjuntivite de inclusão, pelo linfogranuloma venéreo e por outros quadros de doenças sexualmente transmissíveis. A Fonte de infecção é o homem com infecção ativa. As infecções clamidianas são limitadas às superfícies mucosas de humanos. Especialmente os indivíduos de até 10 anos de idade com infecção ativa, são considerados o maior reservatório de transmissão da doença em uma comunidade. Crianças com tracoma também podem portar C. trachomatis nos tratos respiratório e gastrointestinal. Não há reservatório animal do tracoma e a Clamídia sobrevive mal fora do hospedeiro humano. A transmissão da doença ocorre de forma direta, de olho para olho, ou de forma indireta, através de objetos contaminados.
Paraguaçu Paulista