O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento divulgou nessa semana o Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil 2013, que é uma plataforma de consulta ao Índice de Desenvolvimento Humano Municipal – IDHM – de 5.565 municípios brasileiros, e a mais de 180 indicadores de população, educação, habitação, saúde, trabalho, renda e vulnerabilidade, com dados extraídos dos Censos Demográficos de 1991, 2000 e 2010. Desde 2010, quando o Relatório de Desenvolvimento Humano completou 20 anos, novas metodologias foram incorporadas para o cálculo do IDH. Atualmente, os três pilares que constituem o IDH (saúde, educação e renda) são mensurados da seguinte forma: uma vida longa e saudável (saúde) é medida pela expectativa de vida; o acesso ao conhecimento (educação) medido pela média de anos de educação de adultos e a expectativa de anos de escolaridade para crianças; e o padrão de vida (renda) que é medido pela Renda Nacional Bruta (RNB) per capita expressa em poder de paridade de compra (PPP) constante, em dólar, tendo 2005 como ano de referência. O objetivo da criação do Índice de Desenvolvimento Humano foi o de oferecer um contraponto a outro indicador muito utilizado, o Produto Interno Bruto (PIB) per capita, que considera apenas a dimensão econômica do desenvolvimento. Criado por Mahbub ul Haq com a colaboração do economista indiano Amartya Sen, ganhador do Prêmio Nobel de Economia de 1998, o IDH pretende ser uma medida geral, sintética, do desenvolvimento humano. Com essa divulgação, Paraguaçu Paulista ocupa a 335ª posição, em 2010, em relação aos 5.565 municípios do Brasil, sendo que 334 (6,00%) municípios estão em situação melhor e 5.231 (94,00%) municípios estão em situação igual ou pior. Em relação aos 645 outros municípios de São Paulo, Paraguaçu Paulista ocupa a 151ª posição, sendo que 150 (23,26%) municípios estão em situação melhor e 495 (76,74%) municípios estão em situação pior ou igual. A mortalidade infantil (mortalidade de crianças com menos de um ano) em Paraguaçu Paulista reduziu 37%, passando de 23,1 por mil nascidos vivos em 2000 para 14,5 por mil nascidos vivos em 2010. Segundo os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio das Nações Unidas, a mortalidade infantil para o Brasil deve estar abaixo de 17,9 óbitos por mil em 2015. Em 2010, as taxas de mortalidade infantil do estado e do país eram 13,9 e 16,7 por mil nascidos vivos, respectivamente. A esperança de vida ao nascer é o indicador utilizado para compor a dimensão Longevidade do Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM). Em Paraguaçu Paulista, a esperança de vida ao nascer aumentou 7,8 anos nas últimas duas décadas, passando de 67,4 anos em 1991 para 70,2 anos em 2000, e para 75,2 anos em 2010. Em 2010, a esperança de vida ao nascer média para o estado é de 75,7 anos e, para o país, de 73,9 anos. A renda per capita média de Paraguaçu Paulista cresceu 61,71% nas últimas duas décadas, passando de R$429,41 em 1991 para R$543,04 em 2000 e R$694,42 em 2010. A taxa média anual de crescimento foi de 26,46% no primeiro período e 27,88% no segundo. A extrema pobreza (medida pela proporção de pessoas com renda domiciliar per capita inferior a R$ 70,00, em reais de agosto de 2010) passou de 2,91% em 1991 para 4,71% em 2000 e para 1,54% em 2010. Entre 2000 e 2010, a taxa de atividade da população de 18 anos ou mais (ou seja, o percentual dessa população que era economicamente ativa) passou de 61,07% em 2000 para 63,06% em 2010. Ao mesmo tempo, sua taxa de desocupação (ou seja, o percentual da população economicamente ativa que estava desocupada) passou de 17,77% em 2000 para 8,13% em 2010.
Paraguaçu Paulista