A seca que afetou a região no fim de 2013 e neste início de 2014 trouxe grandes prejuízos aos produtores de Paraguaçu Paulista. Muitos tiveram grandes perdas em suas lavouras, especialmente nas culturas de soja, milho, pastagens e na olericultura. O senhor José Geraldo de Andrade, morador do sítio São José, no Bairro São Matheus, zona rural de Paraguaçu Paulista, disse que plantou 25 alqueires de soja e teve um prejuízo em torno de 50%. Segundo o agricultor, a sua sorte foi ter investido numa soja de variedade precoce, que fez com que ele conseguisse ter uma boa colheita, se comparado a outros produtores vizinhos que ainda não conseguiram colher. “A gente cuidou de tudo certinho, colocou adubo, revolvemos a terra, e estava crescendo aquela soja bonita, mas a gente não pensou que ia faltar chuva em dezembro, aí começou aquela seca e calor e complicou tudo”, lamentou. Quem também sofreu bastante com a estiagem foi o produtor de leite Paulo Ricardo de Paiva, que também é morador do bairro São Mateus. Ele produz cerca de 50 litros diariamente, mas viu a produção diminuir em virtude da seca que também atingiu as pastagens da região. “O pasto vai ficar bom só agora, porque choveu, mas era para a pastagem estar assim em novembro já, então prejudicou muito, eu vi produtores cortando capim na beira da estrada e nem era época para isso”, lastimou o produtor rural. A estiagem da região também prejudicou bastante a olericultura, sendo que além de diminuir a produção de hortaliças, as verduras não tiveram um bom desenvolvimento. Para a agricultora Alcinéia Maria Guido de Oliveira, a fase mais difícil foram os meses de dezembro e janeiro que, devido a baixa produção, acabou resultando em aumento no preço das verduras. Apesar de ter irrigação em sua horta, ela ainda acabou tendo prejuízos com o tempo muito quente. Alcinéia e o marido Osvaldo Rosa de Oliveira residem no sitio São Luiz, no bairro rural Água da Mentira, onde além de horta, eles mantêm uma pequena plantação de milho e também produzem leite. Segundo Osvaldo, ele produzia 120 litros de leite e passou a produzir 80 por causa da seca que atingiu a pastagem. Além disso, como o milho não desenvolveu muito bem por causa do calor, a produção de silagem na propriedade também ficou comprometida. De acordo com o Departamento de Agricultura e Abastecimento da Prefeitura Municipal, as perdas nas lavouras em Paraguaçu Paulista chegaram à média de 25%. Foto: Celina Nishizawa – Prejuízo foi grande e a decretação de situação de emergência é inevitável
Paraguaçu Paulista