Apesar da Prefeitura Municipal de Paraguaçu Paulista realizar, por meio do Departamento de Saúde, anualmente (no mês de novembro) uma ampla campanha de descarte correto de medicamentos vencidos ou de tratamentos encerrados, promover a coleta de perfuro-cortantes/contaminados por empresa especializada e manter pontos fixos em toda a rede municipal para a coleta de medicamentos, parte da população ainda continua com o péssimo e danoso costume de descartá-los no lixo doméstico. Nessa semana isso aconteceu mais uma vez.
Jogar medicamentos vencidos no lixo comum é um problema socioambiental econômico e de saúde, que necessita da atenção de todos, especialmente da sociedade para criar soluções e incentivar o descarte consciente.
O Brasil é o sétimo mercado mundial em volume de medicamentos vendidos e estima-se que por ano joga-se fora 10 mil a 28 mil toneladas no lixo comum, seja medicamentos vencidos ou que sobraram de um tratamento. O fato é que uma atitude que parece tão "normal" - jogar algo que não serve mais fora - vem agredindo não somente o meio ambiente como também comprometendo a saúde do ser humano.
Esse descarte aleatório, no lixo comum ou na rede pública de esgoto pode trazer como consequências a contaminação da água, do solo e de animais. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária alerta que, após o uso, o que sobrar dos medicamentos deve ser descartado de forma correta, evitando o acesso de outras pessoas que não a medicada por médico ou dentista.
Com o advento da Política Nacional de Resíduos Sólidos, os debates avançaram com a preocupação com a saúde e o meio ambiente numa perspectiva sistêmica, mais abrangente que as visões fragmentadas ou setoriais sobre os resíduos de um modo geral. Com a promulgação da Lei no 12.305/2010, foi criado um Grupo de Trabalho Temático – GTT de Medicamentos, do qual participam representantes do setor empresarial, vigilâncias sanitárias estaduais, municipais, do setor de resíduos, entidades profissionais e da população. etor de resíduos, entidades profissionais e da população.
Com a medida, as discussões devem avançar na Câmara Federal e no Senado, as quais pretendem regular o descarte em todo o País, especialmente no que diz respeito à logistica reversa, onde consumidor descarta o medicamento no local da compra (tudo feito com cadastro) e depois a vigilância sanitária local faz a retirada, ficando a incineração a cargo de uma empresa especializada, também cadastrada. Mesmo assim, ou seja, com tudo regulamentado, o poder de decisão ainda é da população que deve ser incentivada, em alguns casos punida, e motivada a fazer o descarte consciente e responsável.
Foto: Assessoria de Comunicação
Coletores de Paraguaçu ainda convivem com o péssimo hábito de alguns moradores do descarte irresponsável de remédios no lixo comum
Paraguaçu Paulista