CUIDADO DEVE SER EXTREMO Aumentam número de doenças associadas ao Aedes Aegypti

Administração - Sábado, 05 de Dezembro de 2015


CUIDADO DEVE SER EXTREMO  Aumentam número de doenças associadas ao Aedes Aegypti O Departamento de Saúde da Prefeitura Municipal de Paraguaçu Paulista vem desenvolvendo o Plano Municipal de Combate a Dengue, mas já está buscando outras formas imediatas de combate ao aedes aegypti, tendo em vista que as análises médicas feitas no Brasil e no mundo comprovam a existência de pelo menos sete diferentes vírus já transmitidos por esse vetor (quatro de dengue + febre amnarela + chikungunya + zika). De acordo com estudos de infectologistas, a forma mais eficaz de se prevenir contra os vírus é combatendo o Aedes aegypti – o que também causaria a proteção contra as outras seis doenças transmitidas pelo mosquito: quatro tipos de dengue, Chikungunya e Febre Amarela, além do Zika. Medidas como armazenar lixo em sacos plásticos fechados; manter a caixa d’água completamente vedada; não deixar água acumulada em calhas e coletores de águas pluviais; recolher recipientes que possam ser reservatórios de água parada, como garrafas, galões, baldes e pneus, conservando-os guardados e ou tampados; encher com areia os pratinhos dos vasos de plantas e tratar água de piscinas e espelhos d’água com cloro são ações fundamentais e contribuem para evitar a disseminação do vírus transmissor da doença. No mundo, ele é chamado de mosquito da febre amarela. No Brasil, é conhecido como mosquito da dengue – e, mais recentemente, também da zika e da chikungunya. Considerado uma das espécies de mosquito mais difundidas no planeta pela Agência Europeia para Prevenção e Controle de Doenças (ECDC, na sigla em inglês), o Aedes aegypti – nome que significa "odioso do Egito" – é combatido no país desde o início do século passado. A partir de meados dos anos 1990, com a classificação da dengue como doença endêmica, passou a estar anualmente em evidência. Isso ocorre principalmente com a chegada do verão, quando a maior intensidade de chuvas favorece sua reprodução. Agora, um novo sinal de alerta vem da epidemia de zika, uma doença com sintomas semelhantes aos da dengue, em curso desde o meio do ano. Foi confirmado pelo governo federal que o zika vírus está ligado a uma má-formação no cérebro de bebês, a microcefalia, que já teve neste ano ao menos 1.248 casos registrados em 311 municípios em 14 Estados, a maioria deles no Nordeste. O Aedes aegypti também esteve no centro de um surto de febre chikungunya ocorrido no país no ano passado, quando este vírus chegou ao Brasil e se espalhou com a ajuda do mosquito. E, apesar de a febre amarela ter sido considerada erradicada de áreas urbanas brasileiras em 1942, casos de contaminação foram confirmados em cidades de Goiás e no Amapá em 2014. Surgido na África em locais silvestres, o mosquito chegou às Américas em navios ainda na época da colonização. Ao longo dos anos, encontrou no ambiente urbano um espaço ideal para sua proliferação. Mas a falta de água limpa não impede que o Aedes aegypti se reproduza. Estudos científicos já mostraram que, nesse caso, a fêmea pode depositar seus ovos em água com maior presença de matéria orgânica. Os ovos também podem permanecer inertes em locais secos por até um ano, e, ao entrar em contato com a água, desenvolvem-se rapidamente – num período de sete dias, em média. Um aspecto que também favorece a reprodução é o fato de a fêmea colocar em média cem ovos de cada vez, mas não fazer isso em um único local. Em vez disso, ela os distribui por diferentes pontos e quando se tenta exterminá-lo, é muito grande a chance de um destes locais passar despercebido. O Aedes aegypti é, geralmente, diurno: prefere sair em busca de sangue pela manhã ou no fim da tarde, evitando os momentos mais quentes do dia, mas é oportunista, já que se não tiver conseguido se alimentar de dia, vai picar de noite. Por ser um mosquito urbano que fica em contato constante com o homem, ser muito adaptável e ter um apetite especial por sangue humano, o inseto se tornou um eficiente vetor para a transmissão de doenças. Exterminar o mosquito é difícil. Segundo o Centro de Prevenção e Controle de Doenças dos Estados Unidos, o Aedes aegypti é "muito resistente", o que faz com que "sua população volte ao seu estado original rapidamente após intervenções naturais ou humanas". A Fiocruz ressalta ainda que 80% dos criadouros são encontrados em residências, e que realizar a prevenção e exterminar focos do Aedes aegypti não é fácil, mas é preciso. Foto: Assessoria de Comunicação – Com o Plano Municipal de Combate a Dengue aprovado e em franco desenvolvimento, a diretora do Departamento de Saúde, Márcia Deperon, reuniu a sua equipe com o Chefe de Gabinete para definir novas estratégias frente aos demais vírus transmitidos pelo mesmo vetor

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