Assessoria de Comunicação da Prefeitura – Silvana Paiva
28/05/2019 – 10h10
Nesta última quarta-feira do mês de maio, dia 29, o Departamento de Agricultura e Meio Ambiente de Paraguaçu Paulista realizará a troca de óleo de cozinha usado por óleo limpo. Para se ter uma ideia da importância dessa campanha, 1 litro de óleo de cozinha usado pode poluir cerca de 1 milhão de litros de água, o que é aproximadamente consumido por uma pessoa em 14 anos.
Os munícipes que tiverem interesse em participar do programa, deverão juntar duas garrafas pet com dois litros de óleo de cozinha usado em cada garrafa, e levar na antiga Ceagesp (à Rua Alameda Porto, 209, no Jardim Panambi) onde trocarão por uma garrafa de 900ml de óleo novo.
A troca de óleo usado acontece toda última quarta-feira do mês, das 7 às 11 horas e no período da tarde das 13 às 17 horas.
Todos os meses ao trocar o óleo usado pelo novo é realizado o sorteio de um brinde. No mês passado, a paraguaçuense Andreza Teixeira foi a sorteada e ganhou um liquidificador. Para este mês de maio, será sorteada uma panela elétrica de arroz. O sorteio acontece às 17 horas e todos os munícipes que trocaram o seu óleo usado participam.
De acordo com a coordenadora do Centro de Educação Ambiental de Paraguaçu Paulista, Ana Flávia Vieira Lima, “Na última troca de óleo que aconteceu no dia 24 de abril, o Departamento de Agricultura e Meio Ambiente recebeu 1.121 litros de óleo de cozinha usado”.
Ana Flávia destacou também que “o Programa Municipal de coleta de óleo de cozinha tem como objetivo conscientizar a população em relação a importância do descarte correto do óleo, para que dessa forma evite futuros problemas ambientais”.
Porque não descartar óleo de cozinha usado no ralo da pia, no vaso ou no lixo comum
Ao ser despejado na pia ou no vaso sanitário, o óleo usado passa pelos canos da rede de esgoto e fica retido em forma de gordura. Isso é ruim porque atrai pragas que podem causar várias doenças, tais como leptospirose, febre tifoide, cólera, salmonelose, hepatites, esquistossomose, amebíase e giardíase. Essas doenças podem ser transmitidas para humanos e animais.
Além disso, esse óleo encrustado nos encanamentos dificulta a passagem das águas pluviais e causa o extravasamento de água na rede de esgoto e o seu entupimento, levando ao mau funcionamento das estações de tratamento. Por essa razão, faz-se necessário o uso de produtos químicos poluentes para desentupir essas instalações, o que leva a mais poluição e a mais gastos econômicos.
Esse esgoto contaminado com o descarte do óleo de cozinha usado chega às Estações de Tratamento de Esgoto (ETEs), que irão separá-lo da água e tratá-lo para que a água possa ser novamente despejada nos mananciais, como rios e lagos. No entanto, esse tratamento realizado nas ETEs não é feito com o esgoto total, mas apenas com cerca de 68%, o que significa que o óleo acaba chegando aos mananciais aquáticos. Além disso, o custo desse tratamento é alto, correspondendo a cerca de 20% do custo com o tratamento do esgoto.
Visto que o óleo é menos denso que a água, ele fica na superfície dos rios e lagos, impedindo a entrada de luz e oxigênio. Isso causa a morte de várias espécies aquáticas, como o fitoplâncton (algas microscópicas que vivem em rios e mares e que produzem oxigênio) que depende da luz para desenvolver-se e sobreviver. Isso pode trazer consequências sérias, pois o fitoplâncton está na base da cadeia alimentar dos ecossistemas aquáticos, servindo de alimento para organismos maiores que também poderão morrer. Além disso, acredita-se que eles produzam cerca de 98% do oxigênio da atmosfera terrestre.
O óleo de cozinha usado chega também aos solos, tanto por meio das margens dos mananciais aquáticos quanto por meio do óleo descartado no lixo comum que acaba parando nos lixões. O óleo contamina o solo e acaba sendo absorvido pelas plantas, prejudicando-as, além de afetar o metabolismo das bactérias e outros micro-organismos que fazem a deterioração de compostos orgânicos que se tornam nutrientes para o solo. É também por meio da infiltração no solo que esse óleo de cozinha polui os lençóis freáticos. Outro problema resultante é que esse óleo usado torna o solo impermeável e, quando ocorrem as chuvas, contribui para o surgimento de enchentes.
Além do solo e da água, até mesmo a atmosfera acaba sendo poluída, porque a decomposição do óleo produz o gás metano (CH4), que é um gás do efeito estufa, ou seja, é capaz de reter o calor do sol na troposfera, o que aumenta o problema do aquecimento global.
FOTO CAPA
Para se ter uma ideia, 1 litro de óleo de cozinha usado pode poluir cerca de 1 milhão de litros de água, o que é aproximadamente consumido por uma pessoa em 14 anos (Fotos: CEA/Cedidas)
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Na última troca de óleo que aconteceu no dia 24 de abril, o Departamento de Agricultura e Meio Ambiente recebeu 1.121 litros de óleo de cozinha usado (Fotos: CEA/Cedidas)
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Amarildo Cantero e Everson Faria fazem a entrega de óleo usada para as funcionárias do CEA – Centro de Educação Ambiental de Paraguaçu Paulista, Sandra Aquino e Audinéia Segateli, na última troca de óleo que aconteceu no dia 24 de abril (Fotos: CEA/Cedidas)
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Na última troca de óleo que aconteceu no dia 24 de abril, Sandra Aquino faz a entrega do prêmio para Andreza Teixeira, a sorteada no mês que ganhou um liquidificador (Fotos: CEA/Cedidas)
Paraguaçu Paulista