No início, a jovem Ana Caroline Pires, de 27 anos, enfrentou dificuldades para amamentar o primeiro filho. Hoje, alimentar o primogênito Davi já é um momento de tranquilidade. Segundo a mãe, conseguir amamentar de forma plena demanda buscar informações. "No início, machuca, dá medo e, se você não procura orientação, vai querer desistir. É preciso continuar porque o leite materno proporciona filhos saudáveis", aconselha Ana.
Nascido há menos de uma semana, o pequeno Davi já demonstra a forte conexão com a mãe durante a amamentação. Ele é um dos quatro recém nascidos que estavam na última sexta-feira na maternidade da Santa Casa recebendo leite materno sob orientação das enfermeiras.
O trabalho desenvolvido pela enfermeira obstetrícia Lidiana Girotto Floreste e a enfermeira da Unidade da Mulher, Sandra Regina de Oliveira envolve orientação e incentivo ao aleitamento. "É uma ação que envolve toda a família porque muitos fatores podem contribuir tanto para atrapalhar quanto para ajudar. Há muitas questões que influenciam a mãe a desistir como a falta de apoio familiar, o ambiente estressante, os tabus trazidos pela desinformação", ressalta.
Segundo Sandra Regina, uma dos mitos disseminados sobre a amamentação é sobre o leite produzido logo após o nascimento do bebê. Geralmente, o leite secretado entre os três e cinco primeiros dias, conhecido como colostro, tem consistência mais líquida do que o leite maduro. "Ai chega alguém da família e diz para dar leite de vaca porque entendem o colostro como leite fraco sendo que justamente esse primeiro leite é mais importante porque tem células de defesa do bebê. As mães acham que tem esguichar o leite e não é assim que funciona", explica.
O incentivo ao aleitamento foi reforçado no último mês devido a campanha Agosto Dourado, que vem conscientizar sobre os benefícios do leite materno. Mas a orientação junto as mães, pais, familiares e toda sociedade é um trabalho rotineiro realizado pela Unidade da Mulher.
A enfermeira Sandra destaca o apoio do pai como base para que a mãe persista no aleitamento. "Se ela tiver o apoio do marido, pode chegar qualquer pessoa atrapalhando, que ele tendo conhecimento vai impedir que isso a impeça de continuar. O pai sempre pode ser um grande incentivador para que a mãe não desista de amamentar".
O sucesso da amamentação depende quase que totalmente de se munir de informação. "Você vence pelo cansaço, mas existe a recompensa no futuro que é a intelectualidade da criança, a resistência imunológica dela", conclui Lidiana.
Paraguaçu Paulista