Esta semana, de 23 a 28 de junho, marca a Semana Mundial da Alergia, uma data importante para conscientizar a população sobre a crescente prevalência dessas condições que afetam milhões de pessoas globalmente. A data foi definida pela Organização Mundial de Alergia (WAO) para chamar a atenção para a prevenção e o tratamento eficaz das doenças alérgicas. 

Em Paraguaçu Paulista, a Secretaria Municipal de Saúde reforça o alerta, especialmente neste período do ano. Com a chegada do inverno e as características de clima frio e seco, a incidência de algumas alergias tende a aumentar. A baixa umidade do ar e o maior tempo em ambientes fechados favorecem a proliferação de ácaros e a concentração de poluentes, além de tornar as vias aéreas mais sensíveis.

Alergias Mais Comuns e Como Identificá-las

As alergias são reações exageradas do sistema imunológico a substâncias inofensivas (alérgenos). As mais comuns neste período incluem:

• Rinite Alérgica: Caracterizada por espirros frequentes, coriza (nariz escorrendo), coceira no nariz e olhos, e congestão nasal. Costuma piorar com pó, ácaros, fungos e pelos de animais.
• Asma Brônquica: Causa tosse, chiado no peito, falta de ar e sensação de aperto no pe peito. É uma inflamação crônica das vias aéreas que pode ser desencadeada por alérgenos respiratórios.
• Dermatite Atópica: Apresenta pele seca, coceira intensa, vermelhidão e lesões que podem se agravar com o frio e o ressecamento da pele.
• Conjuntivite Alérgica: Olhos vermelhos, lacrimejantes, com coceira intensa e inchaço nas pálpebras, geralmente acompanhando a rinite.

Choque Anafilático: Uma Emergência que Exige Atenção Imediata

Entre as reações alérgicas, o choque anafilático é a forma mais grave e perigosa, exigindo atendimento médico imediato. Ele é uma reação alérgica sistêmica e potencialmente fatal, que pode ocorrer em poucos minutos após o contato com o alérgeno. As causas mais comuns são alimentos (amendoim, frutos do mar), medicamentos (antibióticos, anti-inflamatórios), picadas de insetos (abelhas, vespas) ou látex.

Sintomas do choque anafilático:

• Dificuldade intensa para respirar, chiado no peito.
• Inchaço rápido da língua, lábios, face ou garganta.
• Urticária (placas vermelhas na pele) e coceira generalizada.
• Queda súbita da pressão arterial, tontura, desmaio.
• Dor abdominal, náuseas, vômitos ou diarreia.
• Sensação de mal-estar súbito e iminente.

O que fazer em caso de choque anafilático:

1. Chame imediatamente o serviço de emergência (SAMU - 192 ou leve a pessoa ao pronto-socorro mais próximo).
2. Se a pessoa tiver uma caneta de epinefrina (adrenalina) autoaplicável e souber usá-la, ajude-a a aplicar.
3. Deite a pessoa de costas, elevando as pernas (se não tiver dificuldades respiratórias ou estiver inconsciente). Se estiver vomitando, vire-a de lado.
4. Mantenha a calma e monitore os sinais vitais até a chegada da ajuda médica.

Quando Procurar Ajuda Médica?

É importante saber diferenciar uma reação alérgica leve de uma que exige atenção médica.

Quando a crise de alergia é leve:

• Sintomas isolados como espirros ocasionais, coriza leve, coceira localizada ou vermelhidão na pele sem inchaço significativo.
• Geralmente controlada com medicamentos antialérgicos de venda livre ou que você já tem prescrição para usar.

Quando procurar atendimento médico (urgência/emergência):

• Sinais de gravidade: Dificuldade para respirar, chiado no peito, inchaço rápido na face/garganta/língua.
• Tontura, desmaio, confusão mental.
• Dor abdominal intensa, vômitos persistentes.
• Sintomas que pioram rapidamente, mesmo após o uso de medicação.
• Primeira crise alérgica grave.
• Reações alérgicas que afetam mais de um sistema do corpo (ex: pele e respiração ao mesmo tempo).

A Secretaria de Saúde de Paraguaçu Paulista reforça que a prevenção é fundamental. Mantenha os ambientes limpos e arejados, evite acúmulo de poeira e procure identificar seus alérgenos. Se você ou alguém da sua família sofre de alergias, consulte um médico para um diagnóstico preciso e um plano de tratamento adequado, especialmente neste período do ano.

Matheus Machado - Secretaria de Saúde