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Prefeitura de Paraguaçu treina profissionais de saúde dentro da Semana Estadual da Esquitossomose
Foto: Assessoria de Comunicação – Iraciana coordenou o encontro com os agentes de saúde do município, nesta semana estadual de mobilização A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo planeja erradicar a transmissão local de esquistossomose no Estado até 2015. Por isso promoveu, entre os dias 23 e 27 de maio, a Semana Estadual da Esquistossomose, para mobilizar cinco mil unidades públicas de saúde nos municípios paulistas. Durante a semana, os municípios irão desenvolver atividades educativas e oferecer exames à população. Os pacientes diagnosticados com a doença serão tratados gratuitamente, com prescrição de um antiparasitário. Cerca de 5 mil unidades básicas de saúde e mais de 100 unidade geossentinelas que realizam testes complementares sorológicos para diagnóstico da doença estiveram reforçando o atendimento à população com a suspeita de ter adquirido a doença. Embora em Paraguaçu Paulista não haja o registro ne a suspeita de casos, o Departamento de Saúde realizou um treinamento sobre a doença, seus sintomas e tratamentos, na quinta-feira, 26 de maio, durante toda a tarde com os agentes de saúde que atuam no município, como parte das ações previstas para esta semana. Foram distribuídos à população e escolas 50 mil cartazes, 50 mil folhetos e 500 mil panfletos com informações sobre a esquistossomose e prevenção da doença. Entre 2003 e 2010, os casos de contágio autóctone de esquistossomose caíram 76%. No ano passado foram 140 notificações em 2010 em todo o Estado de São Paulo e o objetivo, com esta ação conjunta, é zerar esses casos e eliminar focos de transmissão até 2015. A esquistossomose, também conhecida como “barriga d’água”, é causada por um parasita chamado schistosoma mansoni. Sua transmissão depende da existência de determinadas espécies de caramujos em rios, lagoas, córregos, represas e mangues, entre outras coleções hídricas contaminadas por esgoto sem tratamento. Os ovos do parasita, eliminados nas fezes de indivíduo contaminado e liberado na água, transformam-se em larvas que infectam os caramujos. Depois de quatro a seis semanas, a larva deixa o caramujo, permanecendo nas águas. O indivíduo, quando entra em contato com essas águas infestadas, seja por lazer ou a trabalho, adquire a doença pela pele. Ela se manifesta de duas a seis semanas após o contato. Se o paciente não for tratado, permanecerá excretando ovos do parasita por muitos anos, constituindo-se também como forma de disseminação da doença. Muitas vezes a esquistossomose não apresenta sintomas, mas quando eles aparecem, vão desde coceira na pele, vômitos e diarreias, a problemas mais graves, como aumento do tamanho do fígado e baço, com risco de óbito. O tratamento é feito com medicamento seguro e efetivo, via oral em dose única e prescrito pelo médico quando os exames tiverem resultados positivos. O remédio é gratuito e é ministrado na própria unidade de saúde. Algumas regiões do Estado de São Paulo, principalmente áreas de invasão, com intensa migração, e com córregos, rios, mangues poluídos apresentam ainda focos da doença como a Baixada Santista, Vale do Ribeira, Vale do Paraíba, Região Metropolitana de Campinas e alguns municípios da Região Metropolitana de São Paulo. Em Paraguaçu Paulista, onde o abastecimento total das residências e feito por água tratada e a coleta, afastamento e tratamento do esgoto é completo em praticamente todo o município, não existem registros de suspeitas ou casos, e por isso mesmo o trabalho preventivo foi realizado, para manter o quadro estável.
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