Foto: Denise Moreira – Representantes irão propor atividades conjuntas em busca de amparo e solução Foi realizada na manhã de quinta-feira, 29 de novembro, na sede do CREAS (Centro de Referência Especializado da Assistência Social) uma reunião para abordar a questão relacionada as pessoas em situação de rua de Paraguaçu Paulista. A reunião teve como objetivo articular a rede de atenção do municipio para organizar todas as eferas de atendimento e direcioná-las às pessoas em situação de rua, pois a demanda exige trabalho de equipe multidisciplinar e envolvimento de todos devido a sua complexidade. O debate foi formado por integrantes do CREAS, Departamento de Saúde, Policia Militar, CAPS (Centro de Atenção Psicossocial), CRAS (Centro de Referência da Assistência social), projeto CARA (Construindo Ações Reais para Adolescentes), Conselho Tutelar, Departamento de Assistência social e organização PARAPAZ. Durante o encontro a coordenadora do CREAS, Isabella Garms Esterque Marubayashi, fez uma explanação da questão das pessoas em situação de rua de Paraguaçu, declarando que a unidade atualmente faz a abordagem social desses moradores, realizando em seguida os encaminhamentos necessários, como encaminhamento ao Departamento de Assistência Social para oferta de passes aos moradores de outros municipios e organização da documentação pessoal; ao Centro de Saúde para avaliação médica e outras questões relativas a saúde, inserção destas pessoas no CADÚnico, dentre outros. No entanto, a equipe do CREAS, acompanha de forma efetiva e a longo prazo, os casos no qual estão com seus direitos violados e estão dispostos a resgatar os vínculos familiares, já que oferece o serviço do PAEFI (Programa de Atendimento Especializado às Famílias e Individuos) e não o Serviço Especializado de População de Rua. Segundo o Centro de Referência Especializado, um levantamento recente demonstrou que Paraguaçu Paulista tem nove pessoas em situação de rua, ou seja, que vivem em total situação de mendicância e abandono familiar. Desses nove moradores, cinco tem mais de 50 anos de idade. O levantamento apontou ainda que dois dos nove moradores em situação de rua recebem benefícios sociais, sendo que seis deles são usuários de álcool e tabaco e dois apenas usuários de álcool. Além disso, desse total, seis são oriundos de outros municípios e apenas três são de Paraguaçu Paulista. A maioria deles está há mais de cinco anos em situação de rua e cinco deles não tem nenhum contato com a família. De acordo com Isabela Garms, durante as abordagens sociais alguns moradores de rua demonstram interesse em realizar tratamentos para reinserção na sociedade, no entanto, acabam interrompendo os tratamentos ou nem comparecem aos encaminhamentos que são realizados. Alguns desses moradores, em sua maioria, possuem família e até mesmo residência fixa, mas por decisão própria e até mesmo incentivados pelo grupo, e devido aos vícios, acabaram abandonando o lar para permanecer nas ruas. Inicialmente o CAPS se comprometeu a acompanhar a equipe do CREAS durante as abordagens para auxiliar no atendimento e avaliação dos casos, a Policia Militar realizará intervenções especificas de averiguação e monitoramento e toda a rede assumiu o compromisso de relacionar sugestões para a questão e apresentá-las no próximo encontro, que será realizado no dia 12 de dezembro.