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Ano passado marcou o segundo pior surto desde 1990 – e, em 2020, temos boa chance de sofrer bastante outra vez.
Silvana Paiva – Assessoria de Comunicação da Prefeitura de Paraguaçu Paulista
28/01/2020 – 12h15
Ano passado marcou o segundo pior surto desde 1990 – e, em 2020, temos boa chance de sofrer bastante outra vez.
O prognóstico do Ministério da Saúde é de que 2020 deve ter uma média alta no número de casos de dengue. Em 2019, o Brasil registrou o segundo maior número de casos de dengue desde 1990 — ano em que a notificação obrigatória começou —, ficando atrás apenas de 2015.
Para 2020, a expectativa não é das melhores, segundo o coordenador-geral de vigilância em arbovirose do Ministério da Saúde, Rodrigo Said. Ele afirma que a quantidade de infecções pelo vírus da dengue será relativamente alta.
Só que, dessa vez, Rio de Janeiro, Espírito Santo e os estados do Nordeste devem ser as regiões mais afetadas. No ano passado, a maior parte ocorreu em Goiás, São Paulo e Minas Gerais. Um dos fatores que promove o aumento no número de casos é a troca do subtipo do vírus da dengue predominante.
Há quatro versões do vírus da dengue e todas circulam em maior ou menor grau no Brasil. Quando um se dissemina mais e provoca um grande surto, a população naturalmente desenvolve anticorpos contra ele. Com isso, espera-se uma diminuição de sua presença (e dos casos em geral) nos próximos tempos.
Mas, com o passar dos anos e a mudança da população, cai a quantidade de indivíduos imunizados e esse subtipo pode voltar a provocar bastante estrago. É um ciclo.
Esse fenômeno ajuda a justificar os dados dos boletins epidemiológicos. O Ministério da Saúde listou 239 389 casos prováveis em 2017 e 265 934 em 2018. Já em 2019, o número subiu para incríveis 1 544 987 — nesse ano, o subtipo 2 da dengue, que estava meio sumido, voltou com força.
Como nosso país é populoso e tem dimensões continentais, o tipo 2 deve se espalhar por lugares que ainda não foram atacados em peso no ano passado, como o Rio de Janeiro, Espírito Santo e o Nordeste. Além disso, essas regiões apresentam altas temperaturas no verão ficam relativamente perto das regiões mais afetadas no ano passado.
No entanto, há uma preocupação em toda a América Latina. De acordo com a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), em 2019 a dengue nas Américas alcançou a maior quantidade de ocorrências da história. Foram mais de 2,7 milhões até o final de outubro.
Em Paraguaçu Paulista
De acordo com a diretora do Departamento de Saúde de Paraguaçu Paulista, Cristiane Bonfim, a atenção redobrada é para as autoridades de saúde se prepararem e ativarem os planos de contingência.
“É o que estamos fazendo como nossas esquipes: nosso plano de contingência está permanentemente em prática para que se evite uma epidemia de dengue em Paraguaçu Paulista. Os agentes de Saúde têm feito visitas domiciliares para conscientização da população, têm trabalhado intensivamente ações educativas e têm feito mobilização bairro a bairro, por meio da mídia, para que a comunidade esteja alerta de forma permanente pelo combate ao Aedes aegypti”, informou Cristiane Bonfim.
De acordo com a Vigilância Municipal em Saúde de Paraguaçu, é importante também a população estar atenta aos cuidados com o mosquito Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya. Os sintomas são parecidos para as três doenças: febre alta, dor de cabeça, dor no corpo e mal-estar. Porém, no caso da febre chikungunya, as dores nas articulações podem durar até seis meses.
A dengue está mais associada ao calor e à água limpa do que simplesmente chuva, porque qualquer pequena coleção de água, desde uma tampinha de garrafa a um prato de vaso onde é estancada a água pode ser um criadouro.
A prefeita Almira Garms ressalta a importância do “engajamento de cada um no enfrentamento do Aedes aegypti, já que é só lembrar de hábitos simples do dia a dia que podem evitar um mal maior como a dengue que pode levar à morte”.
Confira como é simples prevenir:
- Pratos de vasos de plantas devem ser preenchidos com areia;
- Tampinhas, latinhas e embalagens plásticas devem ser jogadas no lixo e as recicláveis guardadas fora da chuva;
- Latas, baldes, potes e outros frascos devem ser guardados com a boca para baixo;
- Caixas d’água devem ser mantidas fechadas com tampas íntegras sem rachaduras ou cobertas com tela tipo mosquiteiro;
- Piscinas devem ser tratadas com cloro ou cobertas;
- Pneus devem ser furados ou guardados em locais cobertos;
- Lonas, aquários, bacias, brinquedos devem ficar longe da chuva;
- Entulhos ou sobras de obras devem ser cobertos, destinados ao lixo ou “Operação Cata-Bagulho”;
- Cuidados especiais para as plantas que acumulam água, como bromélias e espadas de São Jorge; ponha água só na terra.
Com informações do Ministério da Saúde.
FOTO:
A prefeita Almira Garms ressalta a importância do “engajamento de cada um no enfrentamento do Aedes aegypti, já que é só lembrar de hábitos simples do dia a dia que podem evitar um mal maior como a dengue que pode levar à morte” (Foto: Internet/Reprodução)
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