Para uns, apenas lixo, mas nas mãos das alunas do Projeto Arte e Diversidade Brasileira, o bagaço da cana deixa de ser um poluente ambiental para se tornar matéria-prima para novas possibilidades. A forte cultura da cana no município fomentou o curso de artesanato sustentável que está sendo realizado com apoio do Departamento Municipal de Assistência Social.

A confeiteira Tatiane de Oliveira Prudêncio, 38 anos, se inscreveu no curso com o intuito de melhorar a saúde mental, mas passou a enxergar possibilidades de empreender a partir da produção das peças biodegradáveis. “Decidi aprender para acalmar a ansiedade, mas hoje vejo que é possível agregar uma nova geração de renda”, ressaltou a aluna que já participou de vários cursos oferecidos pelo Departamento de Assistência Social. “Sempre que posso eu aprendo algo novo”.

A edição de Paraguaçu do Projeto Arte e Diversidade Brasileira é totalmente gratuito e conta com a participação de 30 pessoas que foram distribuídas em grupos menores para que o curso atenda as normas sanitárias por conta da pandemia de coronavírus. Todas as participantes, antes das aulas, fazem o teste da Covid-19.

As alunas aprendem a criar peças biodegradáveis e compostáveis a partir do uso do bagaço de cana para comercialização. Além de produzirem os materiais, elas aprendem a calcular o custo de produção e como gerar o valor de renda para o mercado. O objetivo é que as participantes saim do projeto com conhecimentos para obterem sua própria marca e adentrar ao mercado com produtos exclusivos.

O projeto é promovido pela Lei de Incentivo à Cultura, com patrocínio da Usina Cocal e apoio da Prefeitura, por meio do Departamento de Assistência Social. A produção é da MR2 Cultural.