Com a pandemia de coronavírus, as pessoas deixaram de realizar os testes rápidos de doenças sexualmente transmissíveis como HIV e Sífilis. 

De acordo com a enfermeira do Centro de Testagem e Aconselhamento (SAE/CTA) da Prefeitura de Parguaçu, Cristiana Sayuri, antes da pandemia, eram realizados cerca de 30 testes mensalmente de sífilis. Hoje, são feitos em torno de 4 testes por mês. A baixa testagem é preocupante, segundo a enfermeira, pois torna tardio o diagnóstico e o início do tratamento das infecções sexuais. 

“A Sífilis, por exemplo, é uma doença que está de volta e é de fácil transmissão. Ela tem cura mas tem que tratar o quanto antes e se proteger de uma possível recontaminação”, explicou.

Atualmente, em Paraguaçu, a incidência de HIV e Sífilis tem sido maior entre pacientes mais jovens com idade entre 17 e 23 anos. “São hoje o público-alvo dessas doenças e, infelizmente, essa faixa etária é ainda a que menos procura manter uma rotina de testes”, destacou Cristiane. “A prioridade continua sendo a prevenção com o uso da camisinha, mas também é preciso fazer do teste um hábito. A transmissão de doenças como a Sífilis é progressiva e é impossível adivinhar se o parceiro ou parceira, mesmo que fixos, está infectado ou não com alguma DST porque há pacientes que não manifestam sintomas por décadas”, reforçou.

Embora a estrutura de atendimento da saúde esteja priorizando o combate à Covid-19, o Centro de Testagem não interrompeu os testes rápidos de infecções sexualmente transmissíveis. No local, o processo de teste é rápido e sigiloso. O Centro também realiza o trabalho de aconselhamento psicológico e encaminhamento do paciente ao tratamento adequado. 
 

O Centro de Testagem e Aconselhamento (SAE/CTA) está localizada no CEM (Centro de Especialidades Médicas). O telefone de contato é o (18)33611954/ 997989040.