A Educação Municipal de Paraguaçu Paulista, por meio do Setor de Atendimento Educacional Especializado (AEE), capacitará cerca de 850 profissionais do Departamento de Educação, dentre eles professores, auxiliares de vida escolar, merendeiras, motoristas do transporte escolar e serviços diversos, das escolas municipais para atuar no atendimento dos alunos com diagnóstico de Transtorno do Espectro Autista (TEA). A qualificação especializada, já iniciada neste mês de junho, acontecerá de forma presencial ao longo do ano.

Nas formações, a fonoaudióloga Priscila Canevari Reis (CRFª 15161), especialista em TEA, trabalhará informações importantes com os profissionais da Educação Municipal, numa ampla ação voltada à melhoria do acolhimento e da inclusão na escola.

Para a diretora do Departamento de Educação, Paula Renata Bertho, capacitar é fortalecer e aprimorar o trabalho dos professores. “Com o significativo aumento de alunos com autismo nas escolas da rede municipal, o objetivo principal é sensibilizar sobre a temática e aprofundar o conhecimento por parte dos profissionais da educação sobre as características de crianças com Transtorno do Espectro Autista. Estamos empenhados em promover o desenvolvimento das pessoas e uma comunidade escolar bem preparada resulta em alunos atendidos com qualidade. Estamos investindo com responsabilidade”, ressaltou.

Os primeiros encontros para levar conhecimento e capacitação técnica à rede municipal de educação já aconteceram nesta terça-feira, 06/06, nas Faculdades Gammon. Nos períodos da manhã e tarde, quase 100 professores da Educação Infantil participaram de um momento introdutório e especial.

Para Priscila Reis, “As formações partem do pressuposto de que é fundamental respeitar as diferenças na forma de aprender e tornar a aprendizagem significativa para cada aluno, conforme suas necessidades e interesses. Para isso, é necessário substituir a lógica disciplinar pela lógica interdisciplinar, ser criativo e flexível e buscar constantemente novos e diversificados procedimentos em favor da aprendizagem dos alunos”. E concluiu: “Não existe um único método de ensino ou uma característica comum a todas as crianças. Não existe uma fórmula pronta. Cada um tem sua individualidade, sua habilidade e sua desabilidade dentro da sua individualidade. É necessário potencializar o que já é bom e aprimorar a funcionalidade do que aparece como ‘menos bom’”.

De acordo com a Supervisão de Ensino e a Assessoria Técnica do Departamento de Educação, as equipes apoiadoras da ação, é fundamental esclarecer e desmistificar ideias equivocadas sobre o autismo. Informações e formação favorecem o bem-estar e o desenvolvimento das crianças, proporcionando melhores condições na prestação dos serviços, com o atendimento necessário na perspectiva da educação inclusiva.

Dentro da programação, novos encontros acontecerão com públicos-alvo específicos nos próximos dias.

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